Quando você vai para a praia no final do ano, sente falta da televisão a cabo, das rotinas, da sua cama, mas principalmente da internet. Aquele papo de “e bom ficar desconectado uns dias” dura apenas algumas horas. Quando você pega o smartphone para usar WhatsApp, percebe o sofrimento que e, ficar offline.
Em terra offline, quem tem 2G é rei. Mas no caso de Armação, o trono fica vago. Nem o sinal do telefone pega direito nessa época, imagine a internet.
A solução, nesses casos, e ligar o wifi do celular e sair pelas avenidas em busca de um sinal. Você coloca um tênis, finge estar fazendo um “running”, e da aquela paradinha a cada bar ou comercio de esquina para olhar o celular e ver veio à notificação do sinal.
Em Armação, a salvação foi um posto amarelo, antigamente tinha o nome de Fox, hoje nem sei qual é. Foi lá que o celular avisou “Oi Wi-Fi Fon”. O que diabos era Fon? Não sei, o importante e que o meu login e senha passou.
Para não ficar em pé em frente ao posto, como maluco, decidi entrar na lojinha de conveniência, comprei dois pães de queijo e sentei numa mesa. Notificações do Facebook, retuítes do Twiiter, e-mails, ultimas notícias, era como se eu estivesse saindo da caverna.
Enquanto a internet carregava as fotos do instagram, comecei a reparar nas outras pessoas que usavam a conveniência. Moças jovens, loiras, bonitas, de biquíni, com uma long neck de Heineken numa mão e com um smartphone em outra, fazendo a mesma coisa.
A cena me lembrou as lan houses ha 14 anos, quando só podia usar a internet em casa nos sábados à tarde e domingos, ou após a meia noite, tirando a linha telefônica. Jovens sedentos por conexão pagavam por horas para acessar MSN, chat do ZAZ ou mesmo jogar online.
A diferença agora, e que as pessoas não pagam pela internet e vasculham em cada lojinha a busca de uma net melhor.