– Bom dia, onde é que eu compro a picanha?
– Senhora, isto é um bazar.
– Ah, ok. Tem toalha, daquelas pintadas a mão?
– Senhora, isto é um bazar beneficente, com produtos apreendidos pela Receita Federal.
– O que eu posso comprar, então?
– Senhora, eu sou apenas o guarda.
– Guarda? Vocês têm alarme?
– Senhora, eu não vendo. Você deve falar com a pessoa certa.
– Está bem, então. Boa noite!
– Senhora, são 9h da manhã.
– Vocês vendem relógios?
– Já falei que não sou vendedor.
– O que você faz aqui, então.
– Já falei, sou o guarda.
– E quem vende aqui?
– Você fala com aquele pessoal. Eles são os atendentes.
– E você não?
– Não, minha senhora. Eu sou o guarda.
– Ok, então. Obrigado.
……….
……….
– A senhora tem alguma dúvida?
– Sim. Vocês vendem picanha?