Crônicas

O amor é subversivo?

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Ensinas-me a olhar pra ti sem querer beijar-te? O romântico subversivo tem razão. Existem aqueles momentos que você observa com os olhos e com os lábios. Mas esta crônica não é uma declaração de amor para alguém, até porque o cronista está em um relacionamento sério com a Europa. O fato é: o amor é subversivo?

Se não bastasse olhar sem querer beijar, os românticos daqui também deixam gravados indiretas como “Dá Te Me”. Fica a dúvida: será que a pessoa correspondida leu as mensagens? Será que ela/ele irá ensinar a olhar sem querer beijar? E se o tiro acertar outro alvo? E se um outro assumir a autoria do ato? E se o pichador não for romântico e sim tiver despertando os instintos mais primitivos?

Pichar é um ato de rebeldia, de subversão a ordem. As pichações são frequentemente mensagens contra o sistema ou então um grito de excluídos pedindo por uma voz perante a sociedade. Pichar uma declaração de amor seria uma subversão? O amor seria hoje, um ato ilegal, repreendido?

As ruas da Covilhã não são as únicas a serem pichadas com a paixão. A Blumenalha Desvairada foi invadida pela frase “mais amor” uns tempos atrás.  A sociedade hoje precisa de mais amor? O amor está tão escanteado que precisa de um grito suburbano?

Se você pichasse uma frase de amor, que mensagem seria?

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