Devaneios

Nobel, Dylan e a poesia na música

Eu tenho problemas com a poesia e contei aqui no Botequim que ela fazia mais sentido para mim quando ganhava tons musicais. Essa é a base para escrever agora sobre o Prêmio Nobel para Bob Dylan sem ser um fã do artista e da poesia, um texto herege que fará com que muitos fechem o computador com indignação. Não que uma declamação não soe como música quando bem feita, ou que um poema de amor…

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Crônicas

O amor é subversivo?

Ensinas-me a olhar pra ti sem querer beijar-te? O romântico subversivo tem razão. Existem aqueles momentos que você observa com os olhos e com os lábios. Mas esta crônica não é uma declaração de amor para alguém, até porque o cronista está em um relacionamento sério com a Europa. O fato é: o amor é subversivo? Se não bastasse olhar sem querer beijar, os românticos daqui também deixam gravados indiretas como “Dá Te Me”. Fica…

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Crônicas

Crônica de uma ansiedade eterna

Eu sou uma pessoa ansiosa. Mas muito, exageradamente. Se você me disse que vai chegar às 14h e chegar às 14h10min, eu sofrerei por 10 minutos, não importa quem você seja, não importa o quão importante era o encontro. Essa crônica que você está lendo é na verdade um exercício. O exercício de uma pessoa extremamente ansiosa a beira da loucura. Escrever me ajuda, quando tenho um pouco de concentração. O autor estava acomodado. Vivendo…

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Crônicas

A escrita mental (ou por que a escrita sempre fica para depois)

Oi, por que não falas mais comigo? Ela pergunta. Como assim? Não estou fazendo nada de errado, eu respondo. Me deixou no vácuo e não respondeu minhas mensagem de domingo, ela replica. Respondi mentalmente, disparo minha tréplica. Quem nunca respondeu mentalmente a uma mensagem do Whataspp, deixando a outra pessoa a ver navios, que atire a primeira pedra. É uma prática comum e corriqueira. Você visualiza, tem a ideia da resposta, mas por um algum…

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Contos

O Príncipe

Entrar na boate em uma noite fria, chuvosa, típica do nosso inverno, era algo que eu não queria mais fazer. Mas era o meu dever. Não estava ali para me divertir, já não tinha mais idade para isso, era uma missão divertida para mim, mas não para a maioria daqueles que eu mandei embora. Estava ali motivado pela vingança. Era o décimo quinto sumiço de pessoa dentro da boate mais cara da cidade. Uma pessoa…

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Crônicas

Dinho Matador

O telefone toca. É manhã de sábado e aquele barulho irritante tirou você da cama. Nada pode ser pior para começar um final de semana. A distância entre a sua cama e o telefone é proporcional ao volume do seu saco. E naquele fatídico dia eu estava com o saco muito cheio. – Alô? – Alô, o Dinho Matador está aí? Ser acordado sábado de manhã pelo telefone é horrível. Ser acordado por um trote,…

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Crônicas

Desculpas pelo nada

Pela chuva eu sempre espero. É uma espécie de companheira inseparável, uma amiga incômoda que, às vezes, me fode a vida. Como se fosse alguém de Joinville, eu cheguei na Rodoviária trazendo a chuva do sul da serra. O que mais me incomodava não era a água que caia, e sim o frio que doía os ossos. Fui até o festival só para te encontrar. Não tinha muito interesse no que acontecia ao redor, apesar…

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Contos

Vida de bar

Faltavam 10 minutos para as quatro horas da madrugada quando Luiz deixou o bar. Com o jeans rasgado e os Ramones no peito, descarregava sua raiva nas latas no chão. Atravessou a rua, sentou no banco do ponto de ônibus, tirou um revólver da cintura e começou a recarregar o 38. Letícia saiu em seguida. A jovem foi correndo ao ponto, entre a angústia do que poderia vir e a calma que era necessária para…

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